Hidroterapia / Reabilitação aquática

A fisioterapia aquática é realizada em uma piscina coberta e aquecida entre 32° e 34°C, através de exercícios terapêuticos orientados por um fisioterapeuta. Esse recurso fisioterapêutico tem sido cada vez mais utilizado para se obter uma recuperação mais rápida e melhor dos pacientes.

Nas sessões de hidroterapia são utilizadas algumas técnicas de reabilitação que, associadas ás propriedades físicas da água (como a pressão hidrostática, flutuação, viscosidade e os efeitos do calor), proporcionam aos pacientes efeitos fisiológicos que surgem logo após a imersão.


Dentre os efeitos fisiológicos que ocorrem temos:
- vasoconstrição periférica que aumenta o retorno do sangue venoso;
- aumento da pressão sobre os vasos linfáticos facilitando a drenagem linfática e ajudando na diminuição de edemas;
- aumento do aporte sanguíneo muscular que promove o relaxamento muscular juntamente com o calor da água;
- melhora da capacidade respiratória, renal e hormonal.

Por todos esses efeitos e pelos princípios da água, os benefícios da hidroterapia são:
- alívio das dores e dos espasmos musculares;
- manutenção ou aumento da amplitude de movimento articular por possibilitar maior liberdade de movimento;
- fortalecimento muscular e treino de resistência;
- manutenção e melhora do equilíbrio, coordenação, marcha, propriocepção e postura;
- melhora na circulação e diminuição de edemas;
- melhora a musculatura respiratória
reeducação / ativação dos músculos paralisados;
- relaxamento físico e emocional, combate ao estresse.
- encorajamento das atividades da vida diária, bem estar físico e psicológico, melhora da auto-confiança.
- retirada da carga das articulações imersas permitindo a intervenção reabilitadora quando o movimento articular sujeito à carga condicionada pela gravidade for proibida.

Portanto, os exercícios aquáticos tem sido realizados para reabilitação de pacientes das mais diversas patologias, como:
- Neurologia: AVC, paralisia cerebral, atraso no desenvolvimento motor, pré e pós operatório, traumatismo cranioencefálico, Parkinson, etc.
- Ortopedia: pré e pós-operatório; reabilitação de fraturas, próteses e artroplastias; problemas de coluna, lesões de ombro, cotovelos, mãos, quadril, joelho e tornozelos; etc.
- Reumatologia: artrites, osteoartose, fibromialgia, etc.
- Respiratória: DPOC, asma, etc.
- Geriatria: alterações decorrentes da idade.
- Ginecologia e obstetrícia: pré e pós-partos, gestantes, etc.
- Síndromes dolorosas e síndromes raras.

Para pacientes que apresentam distúrbios do labirinto, convulsões, síndrome do pânico, pacientes cegos e surdos, podem fazer hidroterapia, porém o fisioterapeuta deve ter alguns cuidados.

A hidroterapia é contra-indicada para pacientes que apresentam insuficiência cardíaca, hipertensão arterial não controlada, disfunções urinárias e intestinais, micoses e infecções genitais, feridas abertas ou não cicatrizadas, pacientes psiquiátricos, pacientes com cateter e sonda.